1. |
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[Danny Catumbela]
Vou
Vou mergulhar na força dos sonhos
Honrar a cascata da vida
Interiorizar a vida
Na madrugada dos sonhos
Na madrugada dos tempos
Vencer batalhas no coração da noite
Viajar no querer de todos
Que queriam estar no palco da vida
Cada folego de vida é um sonho novo
E os passos que se cansam
Mergulham na fonte do querer, especial
Rumo a eternidade
Rumo a gruta do silêncio
Silencio abandonado
Pelo barulho dos tempos
Pela rapidez do momento
Vou olhar, não pra ti
Nem para o mundo, cascatas, falésias
Vou olhar para dentro da vida
No íntimo verdejante das inspirações
Para sobreviver na arena da vida
Não me entregarei aos caprichos da vida
Arrancarei das minhas mãos a força do luto
Enraizado no meu ser
E vencerei nesta batalha da vida
Transpirando suor de vingança e esperança
Pelas almas gloriosas que estão na outra vida
Nesta sobrevivência na arena da batalha da vida
O amor e o tributo, triunfará sobre os desafios da vida
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2. |
Dádiva c/ Meta-Morphoze
03:49
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3. |
Efeito Borboleta
02:56
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Começou do nada!
sem pedir licença, fui cercado por uma rebelião de substancias corrosivas
dói, a dor de não poder abraçar o físico,
enquanto a saudade derrama fluxo corrosivo em mim...
tudo se foi..
Eu vi, esperança na dança de sala vazia
Sem a promessa do infinito indefinido
nesta senda, sem...
Mudar a seta do fado pendente no atraso
d`um pé fora da via que só ensina sentir a pressão do prazo
num frasco de vidro
Que tem vindo a ficar sem licor,
Agora o sabor é d´estar a só;
ao som d orquestra.
Silenciosa pra quem não seleciona
a música aqui é a parceira
que veio pra ser a cura daquela que eu fiz diva
Quando vi a presença de Vénus nela
Mesmo sem tê-la aqui viva
no sitio onde foi o palco, agora com espaço vago
reserva pra quem se atreva passar a nuvem
que ñ revela o que vem preso nela,
reside o segredo, eu guardo!
Sinto falta daquele sorriso puro
divago no desejo noctívago no sítio
onde sinto a presença do carma
Ao tocar-me na carne, refém do espirito
Respiro dor e sangue ñ saio deste ciclo.
[Refrão 1 (2x)]
Inverno já se foi, ainda hoje eu sinto frio
Corpo está coberto, mas cá dentro tá vazio
A dor escurece, olhar pouco expressivo
Retrato que eu pinto com sangue
Tem o rosto onde eu vivo.
Audácia escassa no medo
Partir cedo, sem conceber a obra
e ficar a sombra do feto sem feito (foda-se!)
Eu fico incrédulo, cético
Na confissão do falso, é certo,
Ainda sinto e oiço o nosso fracasso
é crítico? grito afónico no silêncio onde afogo o fóbico
Fico sem físico que me faça ir onde...
Desliza o corpo em fila de onde vem a saudade
(saudade) só dá aquilo que eu preciso.
[Spoken]
Eu vivo no deserto perdido no intrínseco
A génese do meu ser?
Está na razão de eu ser fiel ao cogito do meu cosmo físico
Caminho solitário sobre a chuva numa via sinuosa
Ruídos dos meus passos são música
num espaço inerte no tempo, por onde caminho!
Eu fui atrás d´um resquício,
Rico em algo mais do que isso que eu friso com palavras
que eu piso neste sorriso falso.
Parece ter sido ontem, foi ontem…
Mesmo que não se note o tempo,
Faz tempo que eu deixei de ver o norte
onde quer que eu me encontre
existe uma ponte, uma saída
A morte é a distância mais curta da vida.
[Refrão 2 (2x)]
Inverno já se foi, aqui já não sinto frio
Corpo descoberto, por algures no vazio
A dor desapareceu em gritos de liberdade
Retrato pintado com sangue
Tem o gosto de saudade.
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4. |
Filantropia c/ Proze
02:27
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5. |
Trajectória
02:23
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[Proph]
2004, no meu quarto cerrado.
Premissas conseguidas ao ritmo da sequência perdida
Foram horas de ensaios, momentos traçados no escuro
Esperei noite cair em gotas de magia profunda
Dei vida, a uma legião de pensamentos lúcidos
Escravo da palavra, decifro enigmas que foram escritos
Cruzei dialetos em poemas onde eu profiro
Lástimas acordaram gritos em serenos desafios
Irradiar a canção, repletas de poesia
Fruto da raiz coberta com tons de profecias
Sonhos de outrora que se acomodam
Na pessoa que sou agora, <Proph>
Por tudo aquilo que passei.
[Scratch - Dj Bandido]
Memórias são chaves com segredos de vidas
Seguros na margem da palavra com promessas contidas
Pensamentos, vivem da sincronia de corpos;
Enfraquecidos, corações pálidos como rostos
Fechei-me na tristeza da última estrela que brilha
Trago histórias mergulhadas de saudades dos tempos
Por onde correm ventos carregados de mágoa
Levam destinos atraídos no desespero da madrugada
Partilho instantes em cartas nunca antes lidas
Deixadas na porta, convites pra oiças com a alma
Cada linha, trajeto desenhado no meu peito
Cada linha, trajeto desenhado para sempre, no meu peito.
[Scratch - Dj Bandido]
Criamos fórmulas de escrita alternativa
Refúgio pra pensadores fora do barco a deriva
Esperança nasce no contacto com a obra divina
Isenção de reflexos, vítimas da neblina
Nada separa, corações que se guardam no templo
Permanecemos fieis mesmo na cedência dos tempos
Carregamos marcas que se escondem debaixo da nossa pele
Meta-Moprhoze, Espalha a mensagem (2x)
Mostrei caminhos que te levam na sonância perfeita
Guardo lembranças do passado pra o futuro que se manifesta
A todos que alimentam a chama da existência
Tributo, palavra de ordem (existência).
[Scratch - Dj Bandido]
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6. |
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[Proph]
Procuro um sitio,
Onde eu possa ser o que sempre quis,
Atravessar o oceano sem saber por onde ir,
Oiço ecos de saudade distante
Serei modelo alegórico que espelha d' onde eu vim,
Vou deixar que este sopro me leve
Por onde for, haverá flores com flocos de neve
Deixarei sementes, pra que possas conhecer
A grandeza do meu sonho na luz do amanhecer
O meu sorriso partiu, do cais do amor
Embarcou de recantos negros cobertos d' dor
Levo sonhos d' infância numa viagem ao pôr-do-sol
Escrevo noites, repletas d'encanto, cheias de cor
Respiro vento com a alma vazia
Encontrei o amargo do fado que há muito não ouvia
A noite abraça o meu peito na solidão
Retratos refletem o segredo dos que vão.
[Ferna-Bed Legs 2x]
Alarga os horizontes, mano
Vai à busca de outros planos
Não deixe que a escuridão, te mate lentamente
Encontre o teu sorriso, constrói o teu caminho
O plano é seguir à luz, até ao destino.
[Proze]
Sou descobridor,
À procura de horizontes
Embarco nesta aventura
Em busca da fonte dos sonhos,
Por mares, nunca antes navegados,
Muitos tentaram dobrar o cabo
Acabaram naufragados
Parto, na caravela da ambição,
No coração a cara dela
Na vela do barco onde sou...
Capitão bajulado e consagrado
Herdei a profissão,
Tradição que me faz sentir honrado
Sou o retrato, de um lutador nato
Guiado pelo sol que brilha no oceano
Sopram ventos e marés de sorte,
Sigo em direção a norte
Para conquistar o que há muito me foge
Medito bem longe, com o olhar focado na proa
Remando com força ultrapassando onda após onda
Pensamento voa, sobre a imensidão da paisagem
Na miragem a tripulação, ascendente da coragem.
[Ferna-Bed Legs 2x]
Alarga os horizontes, mano
Vai à busca de outros planos
Não deixe que a escuridão, te mate lentamente
Encontre o teu sorriso, constrói o teu caminho
O plano é seguir à luz, até ao destino.
[Proze]
Viajar contra a corrente
Agarrado ao leme do destino
Com a paixão que me orienta no caminho
Um peregrino destemido
Alimentado pela crença
Eternizada na capa do manuscrito
Descendente nativo
Combatente na tribo
Sou consistente neste ofício
Começar do zero, no nascer de um novo dia
Poder interiorizar a essência da vida
[Proph]
Descobri o horizonte na superfície do teu olhar
Embaciados d' poesias feitas, juntos ao luar.
Ñ há, segredos no silêncio que nos liga
Guardo lágrimas secas, na sombra do teu sorriso
Abraços demasiados, reflexos do efémero
Gravo memórias no tempo até que fiquem no eterno
Adormeço lentamente, no cântico da saudade
É certo, eu vim de tão longe pra chegar tão perto.
[Ferna-Bed Legs 2x]
Alarga os horizontes, mano!
Vai à busca de outros planos
Não deixe que a escuridão, te mate lentamente
Encontre o teu sorriso, constrói o teu caminho
O plano é seguir à luz, até ao destino.
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7. |
Em Chamas
03:18
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Em chamas 2x
Sentado, observo retratos antigos,
Notas que recordam passagem pelos cinco sentidos
Influências levaram-me às grandes marcas do tempo
Atrás do prazer eterno, nos becos da felicidade
Vem, conhecer cantos que cruzam pares
No pais da fantasia,
Vivemos como se fossemos dança
Em plena sintonia, nossos corpos regalados
Na sombra do teto da nossa primeira casa
No deserto, certo que fiquemos pra toda vida
Mais tarde, seremos cinzas lançadas no atlântico
Dos lugares que cantam os nossos passos
No despertar dos acordes que tocam significados
Abraçados na razão efémera,
Deixamos lembranças como sementes que proliferam.
<eu sei, tu és tudo pra mim, mas devias saber,
aquilo que sinto por ti, não dá pra ver…
[Refrão 2x]
Em chamas, realidades queimadas
Caminhos perdidos por onde ficam pegadas
Teclas que se tocam por onde vão
Fragmentos de memórias recolhidas no chão.
Eramos partes do mesmo sonho, desde o início do verão
Alcançamos glória por estes espaços
Onde não, vivem desafetos que separam corações
Distantes de olhares fartos que condenam relações
Partimos na brisa do mar, afogados em lágrimas
Encontrados em fuga, corpos consumidos pelas chamas
Pra ti, fico décadas solitário
Cada dia que vem, vejo que será reencontros
De sentimentos postos
Juntos, encostados no calor da saudade
Ventos, rasgam páginas manchadas de sangue
Meu desejo é passar férias no teu destino e vice-versa
Conhecer caminhos novos com a língua portuguesa
Revelados na carme dos nossos tempos
Agarrados ao infinito, em busca de universos
<eu sei, tu és tudo pra mim, mas devias saber,
aquilo que sinto por ti, não dá pra ver…
[Refrão 2x]
Em chamas, realidades queimadas
Caminhos perdidos por onde ficam pegadas
Teclas que se tocam por onde vão
Fragmentos de memórias recolhidas no chão.
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8. |
Amor c/ Ana
01:46
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9. |
Iconófilo c/ Kussu Kappo
02:00
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Zé?!
Me ouves?
Sabes para quem olho enquanto te falo?
Para a nossa mãe
Na única foto que resta das que queimaste com ela
Então, ouça com muita atenção
Mesmo que a linha deste telefonema venha a suicidar-se
Prometa-me que vais a tempo de pegar em caneta
E escreveres onde menos me importa
Nem que seja mesmo na porta.
Sim Zé
Estou entre o puxar e o largar do gatilho
Mas pasmo-me na lembrança do nosso gatinhar
Dos instantes ralados de fome
Em que cruzávamos nossas pernas no baixo-ventre
E cada um agarrava na chucha da mãe
Como se nunca do leite tivera-mos bebido.
E tu Zé?!
Seu malandreco
Mordiscavas a ponta da chucha em que te apegavas
Por isto mesmo
Espero que as paredes da cadeia nunca te façam esquecer
Dos sensabores que infligiste a nossa querida mãe.
E eu por cá fora já não me aguento
O cancro traçou-me uma seta invertível
Já tu Zé?!
Sempre foste um mau gémeo
Mais é.
Agora que me vou embora
Deixo isto, como tributo a nossa mãe.
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10. |
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[Danny Catumbela]
Sonho eterno
A noite me quer engolir
Neste sonho infernal e eterno
Rumo ao desespero
Uma alma destroçada pelo mundo e a vida
Um mundo sem sensibilidade
Em que os homens renunciam a irmandade
E os valores mais sublimes da humanidade
Foram queimados na fogueira da meia-noite
(…)
[Kurt Davys]
Sinto o frio aproximar-se,
É gelo que me afoga,
A morte é único destino,
De quem nunca acorda,
O tempo é um fantasma,
Que nos dá cores belas,
Mas cobra-nos um preço,
Bem alto por traze-las, Eu
Sou o destino, perdido,
Esquecido contido contigo,
Consigo ouvi-lo, senti-lo,
Mas fico, tão morto,
Na presença da doença,
Crença da indiferença,
Ausência da diferença,
Imensa que o Corpo,
Já não sente, o presente,
Que prometia o dia belo,
A paz foi-se com o sol,
Hoje o solo traz duelo,
É banhado pelo sangue,
Dotado de importante,
Que perde o sentido,
Mais vivido neste instante,
A chuva reina e inunda,
Os raios desta tempestade,
Congelo no silencio,
Da noite nesta cidade,
O vazio que preenche,
Tudo com apenas nada,
Enquanto o meu intimo,
Vagueia fora de casa,
Como um animal faminto,
Do desejo que não tive,
Se sinto o cheiro a morte,
A esperança já não vive, Não!
Sinto mais nada,
Trago o coração de pedra, Como uma estátua,
Em ruínas sobre a terra,
[Refrão 1]
Eu..., Sou o corpo,
De quem já não sente,
A vida a sorrir,
Eu..., Já não sonho,
Sou meu próprio pesadelo,
Na hora de dormir,
[Proph]
Acordei do silêncio profundo,
Lua cheia desperta o instinto absorto
Na superfície deste mundo
Raios de tempestade, incendeiam alma isolada
No meio do nada, encoberto no vazio da alvorada.
Escrevo poesia nefasta, noite fria!
Chuva cai sob forma de tragédia que se avizinha
Crio com a mão suja de sangue o meu prefácio,
De facto, palavras definem à extensão do meu espaço
Nuvens, cobrem planícies desertas
Onde fica aberta uma das portas do meu refúgio
Faço dela cúpula, em dias de inverno
Grito seco no vazio, permanece o mistério, eu sinto!
A minha vida pavoneia,
Pálpebras fecham depois da minha última ceia
Noite finda no olhar que atravessa o inferno
Último suspiro vive na sombra do espírito enfermo
Descobri sementes da morte na génese da criação
Deixei cair o fado das mãos pra ver qual era reacção….
Cada paragrafo é relevo da profecia que escreve,
Nas paredes do medo, mal vai até onde não deve…
[Refrão 2]
Eu..., sou o corpo,
De quem já não sente,
A vida a sorrir,
Eu..., Já não sonho,
Sou meu próprio pesadelo,
Na hora de dormir,
Estou tão morto,
No meio desta tempestade,
A chuva dói quando cai,
Na pele é verdade,
Vou sentindo, o mundo vazio,
Quando ninguém responde,
A nada do que digo,
[Danny Catumbela]
Os caminhos desesperados da vida
Arrastaram-me para bem longe do mundo
Num navio de sonhos frustrados
E uma alma abatida
Uma alma que incendeia os seus sonhos sólidos
Os seus sonhos de ilusão
A fogueira que calou
Os filhos que incutiam valores
E estimulavam esta terra esquecida
Estimulavam estes homens a terem sentimentos filantrópicos
Neste navio
Em direção a um mar perigoso e inexplorado
Um mar de muitos mares
Onde oiço a cada palpitar do meu coração
As vozes de almas incendiadas
Dos meus irmãos sedentos
A clamarem por socorro,
Por sensibilidade, por amor,
Por caridade
Nesta terra em que os homens são pródigos
São miseráveis
Homens de almas vazias.
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11. |
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[Doesck Mind]
Tributo a quem faz tudo
Por tudo nesta selva
Mas contudo eu procuro um futuro de entrega
Nesta arte, neste ofício, este vício que me venera
Faço tudo por isto, não preciso de estar à espera
E tudo que foi feito, perfeito e consistente
Onde vejo o conteúdo, no desejo para sempre
Esta, aventura permanente, puro movimento
Que há neste mundo, quando escuto o pensamento
[Proze]
Levantei o título,
Fortaleci o meu vínculo
No discurso debito um tributo escrito num versículo
Agradecido, o balanço é positivo
Estou eternamente grato
Pelo facto de ser aplaudido
Braga é o livro onde escrevo o meu capítulo
Sou candidato ao cargo
Deixo aqui o meu currículo
Sou sucinto, acredito e valorizo
Faço a vénia a quem tem verdadeiro amor a isto
[Refrão - Proph]
Senti, que era preciso dar a minha vida;
A ti, nunca duvidei da tua vinda;
Aqui, serei fiel a raiz da nossa origem
Eu vi, lágrimas no chão desta terra
Eu fiz, uma canção p'ra que fiques nela;
Eu quis, ser a tua estrela no céu
Quando precisar, eu quero que sejas
À luz que bilha pra mim.
[Proph]
Há séculos que faço p'ra que fiques clássica na brisa
Onde eu descanso e brindo
pela saúde do nosso brilho intenso,
Escrevo versos, onde confesso o apreço
Não há feitiço que me faça deixar
o vicio é conceder o que eu considero especial,
Recebe este prémio recém feito
p'ra que saias do cacifo
onde puseram hieróglifos
Que eu decifro no escuro, juro
fazer uma serenata
Junto da praça, no serão
sem nada que me faça...
[Kurt Davys]
Desistir do meu templo,
Inerte no tempo, intacto,
O pacto é vitalício,
Desde o início,
Tá explicito no papiro,
Guardado nas catacumbas,
Da memoria empírica,
No testamento da gloria,
Da derrota prá vitória,
Numa fração de tempo,
Tão minúscula que os olhos,
Não detetam movimento,
Armamento intelectual,
Intemporal atualizado,
Linhas que cozem mortos,
E fecham corpos a cadeado,
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12. |
Rapresenta c/ Pessoa
03:38
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(...)
[Refrão1 (2x)]
Representa a tua cena
Puto, representa.
Rap Consciente, não é só ofensa
Ruas vibram quando entram RPNC
Meta-Morphoze, como é k é!!!
[Pessoa]
Ser pensante é ser possante
Vive em atenção constante
Eu vivo em contenção gestante
Cada gesto é inflamante...
Manifesto de rompante,
Quando rompo preconceitos
Conceitos de quem pré-cria
E só merecia estar na pré
Aqui rima-se como se caminha
Com frase consciente
Lá na mente contra gente
Que nem sequer gatinha
E o que se avizinha é terrível
Voltei à origem, p'ra tornar o rap audível.
[Proph]
Eu fiz aparecer aplausos,
No meio de certos
Consegui trazer o génio fora de casa
Grafito mesmo sabendo que a grafia
Varia a cada ciclo,
Triunfo tem sido currículo
Desde cedo, aprendi a vencer
Qualquer que fosse o desafio
Venci-o com a mesma garra de sempre
Não havia sócios no começo
Foi a sós que eu consegui
Chegar ao décimo nível de vida.
[Refrão 2]
Cria, sentimentos que alimentem essa gente
Não deixes que palavras te faltem na hora certa
Faz, por merecer quem te considera
Fera com que ferra e nada acrescenta
E p'ra os novos mc's
Vocês são os próximos candidatos ao governo
que nunca representa
Liberta e manifesta a tua crença
Vem (vem), vem fazer a diferença.
[Proph]
Nós, pusemos verdades
no meio deste faz de conta,
Franco desabafo, rimas criam horas de ponta.
[Pessoa]
Limite após limite, há quem tenta limitar
Mas só limitados se limitam a tentar limitar
Eu não limito, só labuto
E dinamito desde puto
Este é o meu livro, a minha religião, o meu culto
E desde cedo, quem precisa
Mais precisa trabalhar,
Mesmo quem não é filho de peixe tem de saber nadar
[Proph]
Insurreição de mentes completas
Marchamos até cruzar a nossa a nossa meta
Poetas condenados à luz do dia
Nós cagamos desprezo p'ra puta da maioria
Não entendem a nossa merda
<Proph é complexo>
Discursos convertidos em sinais p'ra ineptos
Palavras trazem a magia de dentro
Criamos pensamentos que vivem longe do tempo.
[Refrão 2]
Cria, sentimentos que alimentem essa gente
Não deixes que palavras te faltem na hora certa
Faz, por merecer quem te considera
Fera com que ferra e nada acrescenta
e p'ra os novos mc's
Vocês são os próximos candidatos ao governo
que nunca representa
Liberta e manifesta a tua crença
Vem (vem), fazer a diferença.
[Pessoa]
Está na hora da escumalha sucumbir
Honestidade é escassa
Na hora de os distinguir
E a vontade passa
no momento de bulir
É a história do abutre e da carcaça
<do corpo e da carraça!>
Enquanto metes o dedo na vida alheia
Há quem meta a mão no nosso pé-de-meia
O mundo não acaba ao fim da rua
Por isso sai da janela
Proph e Pessoa estão na tela.
[Proph]
Eu escrevo sem dar ouvido a falsos comediantes
Trouxemos a cultura de volta como antes...
Não duvides, directamente da subway
Pandemónio no distrito pra falsos matrimónios
Despertamos consciência pra uma nova guerra
Maquilhamos cérebros com cores de primavera
Canetas que procuram conforto
Escrevem prenúncios de uma outra dimensão
|
||||
13. |
A Última Palavra
02:02
|
|||
São horas,
O sol se recolhe na magia de um olhar sóbrio
Que percorre a sós, sem brio e triste no monte,
Já se fez noite.
São horas de ir ao encontro das últimas palavras do dia
e compor a mais forte harmonia.
E com sorte, estar ladeado de verbos conjugados na primeira pessoa
Eu sou, a alma posta em corridas de sobrevivência nas horas tardias de inverso
Em que já nada sou, senão um corpo estafado
na execução deste nobre vício, eterno.
Eu sou, refém da liberdade que ainda me permite escolher a última palavra.
Mesmo que se atrase, estarei povoado de certezas,
que mais tarde irá acontecer e não será somente uma palavra
será o descobrir, por minúsculo e mais simples que seja
o valor oculto em corações que nada percebem!
A noite, eu corro na floresta
atrás da luz que me leva na direção oposta da maioria
Não há luz, não há brilho,
apenas o preto nas paredes brancas das moradias
por onde eu passo, são horas!
de dar continuidade ao cântico lúcido e solitário
neste aforismo de palavras que traduzem a mística solidão
cada palavra é um tributo sensato a quem se tem deixado partir
no descansar do espirito, que deserta o físico preso no realismo do tempo
Se eu partir, por mais uma noite
Será porque há um outro lugar insólito e cómodo
que me garante de certo modo
caminhos pra que vá! em busca da última palavra.
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